"Eu ainda sou do tempo" é simples: ESCREVER POSTAIS ÀS PESSOAS MAIS VELHAS!
É um projeto de simplicidade, nascido de uma tarde de sol em Lisboa entre duas amigas - uma psicóloga portuguesa e uma jornalista brasileira - que já partilharam projetos em vários países e escrevem postais.
A ideia é simples: chegar, através de postais que a nós nos alegram os dias, a pessoas a quem o tempo tem tendência a roubar memórias e a alegria no quotidiano. Simples: escrever a velhinhos, a velhinhos estranhos a nós, mas familiares com o calor provocado pela pedaço de papel bonito com selo colado.
"Eu ainda sou do tempo" é também um convite a perceber pessoas, as pessoas que fazem parte do quotidiano do mundo, que nasceram, cresceram, produziram, dividiram e que agora estão no tempo de apreciar o antes e o agora. Pessoas idosas que já não podem muitas vezes contar com a presença dos mais chegados e que sentirão o calor de receber carinho daqueles que de longe se importaram em dividir algo, quer sejam palavras rabiscadas num postal, quer seja o resgate de algo escondido na sua memória: uma imagem, um lugar, umas cores, algum momento...
"Eu ainda sou do tempo" é uma ode a quem cá está. "Ainda sou do tempo" de coisas do antigamente, mas também ainda sou do tempo, deste tempo. E o nosso objetivo é, através da divulgação do perfil dessas pessoas que envelheceram e que ainda gostam de receber postais de flores, de barcos, de países de longe, de arte, de caricaturas ou paisagens, fazê-las sorrir com a chegada quente do correio carregado de missivas e palavras de longe que façam o mundo mais perto.
Convidamos a uma visita aos gostos e peculiaridades destas pessoas que esperam, como nós, a chegada do correio, e deixamos o desafio de lhes lançar palavras coladas a postais. Calor através de papel. Porque ainda somos do tempo de escrever um postal a alegrar dias.
